DIREITOS HUMANOS – Procuradora federal Ana Maria Lima de Oliveira assume presidência da Comissão de Anistia em substituição a Eneá de Stutz.



Ana Maria Lima de Oliveira assume a presidência da Comissão de Anistia, órgão ligado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, em substituição à professora Eneá de Stutz e Almeida. A confirmação foi feita por Nilmário Miranda, assessor especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade do ministério, em entrevista à Agência Brasil.

As portarias que oficializam a destituição de Eneá e a nomeação de Ana Maria já foram encaminhadas para a ministra Macaé Evaristo assinar e devem ser publicadas nos próximos dias no Diário Oficial da União. Miranda explicou que a mudança na presidência visa promover um rodízio no comando do colegiado e prestigiar a conselheira mais antiga, a decana Ana Maria, que está na comissão há mais de 20 anos.

Segundo Miranda, a mudança não deve impactar a sistemática de trabalho da comissão, que é um trabalho coletivo feito por 21 conselheiros voluntários, com a coordenação do ministério. O plano de trabalho já aprovado terá continuidade, com o compromisso de julgar todos os processos pendentes até o final do próximo ano.

O secretário ainda destacou o trabalho realizado em 2023 para rearticular a comissão, que foi prejudicada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em 2024, a comissão julgou 1,6 mil processos e ainda tem cerca de 4 mil pedidos de anistia para analisar. A expectativa é julgar mais de 3 mil casos somente este ano.

Eneá Stutz, ao se despedir da presidência da Comissão de Anistia, reconheceu a falta de recursos orçamentários e humanos, mas ressaltou avanços conquistados durante sua gestão. Ela destacou a aprovação de anistias coletivas, incluindo o pedido de reparação coletiva feito por membros das etnias krenak e guarani-kaiowá.

Eneá considerou emocionante o momento em que os oito primeiros requerimentos coletivos foram julgados e espera continuar contribuindo com a comissão no papel de conselheira. Com a chegada de Ana Maria à presidência, a expectativa é que o trabalho da Comissão de Anistia seja mantido e fortalecido para garantir justiça e reparação às vítimas de perseguição política no Brasil.

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