Em um vídeo distribuído à imprensa, a ministra elogiou a declaração de Rebelo como “muito importante” e “contundente”, ressaltando que esse debate de dimensão internacional é inédito. Ela destacou que a declaração do presidente português veio após pressões de organizações do movimento negro, principalmente depois do Fórum Permanente de Pessoas Afrodescendentes da ONU na Suíça.
Anielle Franco espera que as palavras de Marcelo Rebelo sejam seguidas por ações concretas de reparação, e já está em contato com o governo português para discutir quais medidas serão tomadas. Ela reforça a importância de que as desculpas do presidente português sejam seguidas por iniciativas efetivas para reparar os danos causados pela escravidão.
O próprio Marcelo Rebelo reconhece que há tarefas importantes a serem cumpridas, além de simplesmente pedir desculpas. Sua declaração levanta a questão da necessidade de ações concretas para corrigir as injustiças do passado e promover a igualdade racial.
A posição de Portugal em admitir seus erros históricos e considerar medidas de reparação é um marco importante nas relações entre os dois países e para o movimento negro internacional. A liderança de Rebelo nesse sentido abre caminho para um debate mais amplo sobre a herança da escravidão e a responsabilidade dos governos em reparar as injustiças do passado.