Para esta operação abrangente, a corporação mobilizou cerca de 1.700 policiais civis e mais de mil viaturas. A coordenação da ação ficou a cargo da Secretaria de Segurança Pública, em parceria com a Secretaria de Políticas para a Mulher. Essa mobilização demonstra um forte compromisso do estado no combate à violência de gênero.
A delegada Cristiane Braga, responsável pelas Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs), destacou que a operação representa uma resposta efetiva aos agressores que acreditam que poderiam agir impunemente. “Queremos mostrar que a impunidade não será tolerada”, declarou.
Além das DDMs, a operação integra esforços de todos os Departamentos de Polícia Judiciária do Interior e seccionais do Departamento de Polícia Judiciária da Capital, o que aumenta a eficácia das ações em várias frentes.
O secretário da Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves, reforçou a importância da prisão de agressores como uma medida fundamental para a proteção da vida e dignidade das mulheres. Ele enfatizou que essas ações são o reflexo do comprometimento do estado no enfrentamento à violência doméstica.
A secretária de Políticas para a Mulher, Adriana Liporoni, também comentou sobre a ação, ressaltando a necessidade de prevenção antes que a violência ocorra. “Encerrar o ano com mais vidas protegidas é nosso objetivo, pois cada agressor preso significa menos dolorosas histórias a serem contadas”, afirmou.
A operação ocorre em um contexto preocupante, com o aumento dos casos de feminicídio na capital paulista. Em particular, casos recentes escandalizaram a sociedade, como o do atropelamento de Tainara Souza Santos, que, após um grave incidente de violência, resultou em sua morte. Este caso foi tratado pelas autoridades como uma tentativa de feminicídio, evidenciando a urgência no combate a esses crimes.
As evidências apontam que o feminicídio é, cada vez mais, uma expressão da violência de gênero que nos leva a refletir sobre a situação das mulheres na sociedade. Considerado um crime hediondo no Brasil, os casos de feminicídio são tratados com a severidade que a gravidade do tema exige. O aumento geométrico desses crimes destaca a urgência das ações que visam não apenas a repressão, mas também a educação e prevenção, fazendo valer os direitos humanos e a proteção das mulheres em todo o estado.







