DIREITOS HUMANOS – Padre Júlio Lancellotti denuncia exploração e invisibilidade dos moradores de rua em São Paulo, durante seminário na FGV.



Na manhã desta segunda-feira (8), o padre Júlio Lancellotti fez duras críticas à falta de assistência aos moradores de rua e à exploração dessa população vulnerável. O religioso, conhecido por seu trabalho com a Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo, alertou para a invisibilidade dessas pessoas e para sua utilização como mão de obra barata em diversas atividades.

Durante o seminário “Repense e Reconstrua”, organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) Direito SP, pela Comissão Arns e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), padre Júlio destacou a necessidade de programas de Estado voltados para a população em situação de rua, que não apenas sirvam como vitrine política, mas que realmente tenham uma proposta clara e duradoura, independente de interesses eleitorais passageiros.

Para o padre, a existência de moradores de rua está diretamente ligada à especulação imobiliária das grandes cidades, que muitas vezes marginaliza e oprime essa parcela da sociedade. Com 75 anos de idade e mais de 40 anos de experiência trabalhando com pessoas em situação de vulnerabilidade, padre Júlio ressaltou a importância de um olhar mais humano e integrado para resolver esse problema social complexo.

No entanto, as ações sociais do padre têm sido alvo de questionamentos por parte do vereador Rubinho Nunes, que já solicitou a abertura de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) para investigar o trabalho do religioso. Até o momento, as CPIs não foram aprovadas, demonstrando um embate em torno das iniciativas sociais de padre Júlio.

Diante desse cenário, a fala contundente do religioso lança luz sobre a urgência de políticas públicas efetivas e duradouras para atender a população em situação de rua, garantindo dignidade e respeito a essas pessoas invisibilizadas e marginalizadas pela sociedade.

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