“O que vai acontecer nas próximas semanas é incerto. Enquanto alguns se reúnem para celebrar a solidariedade, outros se organizam para conspirar e propagar o ódio”, afirmou o padre, em tom crítico. Ele aproveitou a fala para valorizar o trabalho realizado pela pastoral, enfatizando várias atividades em prol da comunidade. O religioso também lembrou a importância de que as pessoas compreendam a história e a trajetória de luta que envolvem esses projetos.
Lancellotti fez referência a instituições como o Centro Santa Dulce, a Casa Santa Virgínia e a Casa Nossa Senhora das Mercês. “Quem realmente quer saber do que acontece pode visitar as casas. O pão que é produzido na padaria, mantido por doações, chega a ser 2 mil pães diariamente, distribuídos entre muitos. Tudo isso é fruto da boa vontade de todos, sem qualquer custeio do poder público”, esclareceu.
O padre, conhecido por sua posição firme em defesa de grupos marginalizados, como moradores de rua, indígenas, e mulheres, reiterou seu compromisso com as lutas sociais. “Estaremos ao lado daqueles que lutam por justiça até o fim, mesmo enfrentando dificuldades e ameaças”, afirmou, ressaltando a importância da empatia e da solidariedade.
Apesar da proibição imposta, a missa foi transmitida ao vivo por meio das redes sociais, em uma iniciativa da Rede Jornalistas Livres, demonstrando como a voz do religioso ainda ecoa entre seus apoiadores. A Arquidiocese, por sua vez, não se manifestou sobre o ocorrido, deixando em aberto questões em torno da restrição imposta ao padre. No entanto, a cena reforça a resistência do religioso em seu papel pastoral e social.
