Werneck questionou a lógica que une “sucesso” a uma operação que resultou em tantas mortes, ressaltando a desinformação que permeia as declarações oficiais. Ela argumentou que os policiais envolvidos na operação aparentavam não ter controle do ambiente e não cumpriram com sua obrigação primordial de proteger a vida e o patrimônio dos cidadãos. “Qualquer pessoa sabe que assassinato e sucesso não entram na mesma frase”, expressou a diretora, enfatizando que foram recebidas milhares de denúncias de traumas e sofrimentos resultantes da ação.
Este cenário de desesperança foi qualificado por Werneck como um “retumbante fracasso” não apenas para o governador Cláudio Castro, mas para toda a sociedade brasileira. Em contraste, o governador defendeu a operação como um “duro golpe na criminalidade”, afirmando que o Estado possui condições de vencer essa batalha. A divergência nas avaliações levanta questionamentos sobre a eficácia das estratégias empregadas no combate ao crime.
Werneck também criticou essa postura, enfatizando que a fala do governador encoraja ações fora da lei e infringe normas internacionais e direitos humanos. A Anistia Internacional, em parceria com outras organizações civis e instituições, está coletando relatos sobre os eventos da operação, e a diretora classificou as informações preliminares como “descalabros”.
Com um apelo à justiça, Werneck expressou a expectativa de que o governador apresente evidências contundentes sobre o planejamento que supostamente guiou a operação. A Anistia Internacional se comprometeu a oferecer auxílio às vítimas e a lutar por reparação judicial e responsabilização das autoridades envolvidas. “As instituições brasileiras devem cumprir seu dever, e o mundo inteiro está observando”, concluiu.









