Após a operação, o governo do estado do Rio de Janeiro informou que o número de mortos chegou a 119, durante uma ação que contou com o apoio das forças estaduais e federais. O Ministério Público do Estado (MPRJ) está acompanhando de perto os desdobramentos, buscando avaliar a legalidade das ações em cumprimento a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impõe restrições a intervenções policiais em comunidades.
Familiares das vítimas, organizações da sociedade civil e a Anistia Internacional têm denunciado essa operação como um verdadeiro massacre, pedindo respostas efetivas por parte do Estado. A Anistia qualificou as mortes como “inaceitáveis” e exigiu uma investigação rápida e independente para garantir justiça e reparação às famílias afetadas. Além disso, foram relatados casos em que moradores ficaram isolados em suas casas, sem acesso a transporte, escolas ou serviços de saúde durante a operação.
Especialistas analisaram a situação e a caracterizaram como uma das mais mortais da história recente do Brasil, destacando que a população local simplesmente ficou “na linha de tiro”. Segundo eles, o uso excessivo da força evidencia a continuidade de estratégias que geram mortes em larga escala e impactam negativamente as comunidades mais vulneráveis.
Em resposta a críticas, o governo fluminense justificou a operação como uma medida necessária para combater ataques realizados por grupos armados, alegando que sua ação visa restaurar a segurança pública. A Secretaria de Estado da Polícia Militar declarou que as tropas foram recebidas a tiros nas comunidades, o que justificou, segundo eles, a intensidade da operação. Contudo, a situação levanta questões sérias sobre a eficácia e a ética das táticas utilizadas, refletindo a complexidade do panorama da segurança no Brasil contemporâneo.
