DIREITOS HUMANOS – Mulheres negras são as mais afetadas pela insegurança alimentar no Brasil, aponta novo relatório do Observatório das Desigualdades.



Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira revelou números alarmantes sobre a insegurança alimentar no Brasil, em especial entre mulheres negras. De acordo com o relatório do Observatório Brasileiro das Desigualdades, pelo menos 12,5% das mulheres negras enfrentam situações de insegurança alimentar moderada e grave. Esse dado evidencia a dificuldade dessas mulheres em conseguir garantir uma alimentação adequada para si e suas famílias.

O membro do Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades, Oded Grajew, ressaltou a importância de observar os grupos mais vulneráveis da sociedade, citando que 12,3% dos homens negros também estão em situação de insegurança alimentar. Além disso, o relatório aponta que o rendimento médio mensal da mulher negra corresponde a apenas 42% do rendimento do homem não negro, evidenciando disparidades de gênero e raça no país.

É preocupante também o aumento na proporção de crianças indígenas com problemas de desnutrição, com 16,1% dos meninos e 11,1% das meninas nessa situação. Grajew enfatizou a importância de combater a desigualdade e investir onde é mais necessário, priorizando os grupos mais vulneráveis e marginalizados, como a população negra e as mulheres.

Apesar das preocupações apresentadas no relatório, também foram destacadas algumas mudanças positivas, como a redução de 40% na proporção de pessoas em extrema pobreza, com destaque para a diminuição entre as mulheres negras. Houve ainda uma queda de 20% na taxa de desemprego e aumento no rendimento médio de todas as fontes.

Para combater a desigualdade de forma eficaz, Grajew defende a necessidade de aperfeiçoar as políticas públicas e o sistema fiscal e tributário, garantindo que os recursos sejam direcionados de forma mais igualitária. A pesquisa também abordou a percepção de desigualdade entre a população brasileira, indicando que embora tenha havido melhorias em algumas áreas, ainda há desafios a serem enfrentados para promover uma sociedade mais justa e igualitária.

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