Mesmo com a diminuição da letalidade da atividade policial no estado desde 2019, a participação das ações da polícia na produção de vítimas continua em torno de 30%, como relata um estudo do Instituto Fogo Cruzado. Essas mães, tias, irmãs e avós enfrentam o desafio de buscar verdade e justiça em meio à perda de seus entes queridos, como é o caso de Ana Paula Oliveira, que perdeu o filho Johnatha em 2014.
Iniciativas como a Rede de Atenção às Vítimas da Violência no Rio de Janeiro, apoiada pelo Ministério da Justiça, têm oferecido suporte psicossocial às famílias afetadas. Além disso, o Projeto Mirante, desenvolvido pelo Grupo de Novos Ilegalismos e pelas Defensorias Públicas do Rio de Janeiro e de São Paulo, busca reavaliar as investigações e garantir o acesso à justiça para as famílias.
Um dos casos abordados no programa é o de Sonia Bonfim, cujo filho e marido foram vítimas de ações policiais e tiveram sua morte contestada. O Projeto Mirante apontou falhas na investigação e testemunhas afirmaram que as vítimas não representavam ameaça. A polícia civil informa que o caso está em andamento e sob sigilo.
Com mais de uma década de existência, o “Caminhos da Reportagem” é reconhecido por abordar pautas especiais com profundidade e seriedade, conquistando prêmios no meio jornalístico. O programa vai ao ar às segundas-feiras, às 23h, com reprise na madrugada de terça-feira às 4h30. Os episódios podem ser conferidos no site da TV Brasil e no canal do YouTube da emissora, além de estarem disponíveis no aplicativo TV Brasil Play.
