A atuação do MPRJ foi desencadeada em cumprimento às diretrizes estabelecidas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos e pelo Supremo Tribunal Federal, especificamente no contexto da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 635), popularmente conhecida como ADPF das Favelas. Uma equipe composta por oito profissionais especializados esteve no local, acompanhada de um promotor de Justiça, para garantir a transparência e a integridade do processo de perícia.
A iniciativa do MPRJ não se limitou à coleta de evidências. O Núcleo de Apoio às Vítimas (NAV) empenhou-se em manter contato com organizações da sociedade civil e as famílias impactadas pela operação, oferecendo informações sobre os serviços disponíveis e priorizando o acolhimento das pessoas em luto. A equipe do NAV também colaborou com o Programa de Localização e Identificação de Pessoas Desaparecidas (PLID), auxiliando na identificação de vítimas que ainda não haviam sido reconhecidas.
Além disso, a Coordenadoria de Direitos Humanos e Controle de Convencionalidade aprofundou o diálogo com diversos órgãos públicos e entidades da sociedade civil, esclarecendo o papel do Ministério Público nas esferas coletiva e individual voltadas à proteção dos direitos humanos. Essa interação tem como objetivo garantir que os direitos das vítimas e de seus familiares sejam respeitados e que as ações do MPRJ sejam transparentes e informadas.
Durante todo o dia, o MPRJ esteve em diálogo direto com os familiares das vítimas, que se encontravam nas dependências do IML e no prédio anexo do Detran. A presença do Ministério Público, juntamente com a Polícia Técnico-Científica e o Instituto de Pesquisa e Perícia Genética Forense, busca estabelecer um compromisso com a transparência e a ética, fundamentais em momentos de dor e incerteza como este.
