DIREITOS HUMANOS – Movimentos feministas realizam protesto em São Paulo contra absolvição de Daniel Alves por violência sexual na Espanha.



Na manhã desta sexta-feira (4), representantes de coletivos e movimentos feministas se reuniram em frente ao Consulado Geral da Espanha em São Paulo para realizar um ato simbólico em protesto contra a decisão do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha. O motivo do protesto foi a revogação da condenação do jogador Daniel Alves por violência sexual.

O protesto teve como principal objetivo denunciar a impunidade em casos de violência contra as mulheres e exigir justiça para a vítima. De forma pacífica, os participantes reforçaram a solidariedade internacional feminista e pressionaram a Justiça espanhola por uma revisão da decisão judicial, considerada um retrocesso na luta contra a violência de gênero.

Durante a manifestação, foram exibidos cartazes contra a impunidade e realizada uma simulação onde sangue simulado escorria pela calçada e dinheiro voava no ar. As entidades presentes no ato manifestaram indignação diante da absolvição de Daniel Alves e expressaram receios sobre o possível retrocesso na aplicabilidade da lei “não se cale” e da lei “não é não”, tanto no Brasil quanto na Espanha.

O caso de abuso sexual pelo qual Daniel Alves foi acusado aconteceu em dezembro de 2022, no banheiro de uma boate em Barcelona, contra uma mulher de 23 anos. Em fevereiro do ano passado, o ex-jogador tinha sido condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por agressão sexual, sendo posteriormente liberado mediante o pagamento de fiança.

Recentemente, a Câmara de Apelações do Tribunal de Justiça da Catalunha absolveu Daniel Alves, alegando que o depoimento da vítima não foi suficiente para contradizer a presunção de inocência. Segundo o tribunal, mesmo as imagens das conversas entre Alves e a jovem não foram consideradas prova suficiente para desacreditar o relato de violação.

A decisão do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha gerou revolta e preocupação entre os movimentos feministas presentes no ato, que seguem lutando por justiça e pela não tolerância à impunidade em casos de violência de gênero. A mobilização dos grupos feministas busca chamar a atenção para a importância de se combater a violência contra as mulheres e garantir que casos como este não fiquem impunes.

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