Segundo relatos de testemunhas e vídeos que circularam nas redes sociais, os policiais da Brigada Militar prenderam o motoboy, que havia acionado a polícia após sofrer uma tentativa de homicídio por parte do idoso. Enquanto Everton Henrique era detido, Sérgio Kupstaitis permanecia conversando tranquilamente com os agentes da lei.
Após a conclusão das investigações, divulgadas em uma coletiva de imprensa na sexta-feira (23), foi revelado que os dois envolvidos já tinham desavenças desde o ano anterior e que o episódio foi resultante de uma agressão mútua. O caso agora está nas mãos do Poder Judiciário, que decidirá se haverá denúncia contra os indiciados.
O subchefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, delegado Heraldo Chaves Guerreiro, afirmou que, caso se constate um crime mais grave, o inquérito poderá retornar para a delegacia para novas diligências. O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, chamou atenção para o suposto racismo institucionalizado presente no caso e criticou a atuação da Brigada Militar. O governador do estado, Eduardo Leite, determinou a abertura de uma sindicância, cujo resultado não apontou indícios de crime por parte dos policiais militares envolvidos na ocorrência.
A Corregedoria da Brigada Militar concluiu que não houve agressão física por parte dos policiais, embora tenha identificado uma transgressão da disciplina militar no caso. Os PMs envolvidos terão o prazo de 15 dias para apresentar defesa, podendo então cumprir um período de detenção. Caso seus comandos assim decidam, os policiais poderão retornar às atividades nas ruas imediatamente.