DIREITOS HUMANOS – Ministra da Igualdade Racial propõe conscientização racial e endurecimento nas punições para combater racismo no Brasil

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, concedeu uma entrevista nesta quarta-feira (1º), em que destacou a importância de conscientizar os brasileiros sobre a questão racial. Durante o programa “Bom dia, Ministra”, do Canal Gov, Anielle ressaltou que, apesar de 56% da população ser negra, o país continua apresentando dados alarmantes de racismo.

Segundo a ministra, é crucial compreender a importância desse tema, principalmente com a retomada do Ministério da Igualdade Racial e a volta da pauta da consciência racial com a gestão do presidente Lula. Anielle afirmou que é necessário que as pessoas negras possam viver suas realidades, que infelizmente ainda estão rodeadas de desigualdades.

Para abordar essa questão de forma mais efetiva, o governo federal pretende apresentar um segundo pacote de medidas voltadas para a população negra no próximo dia 20, que é celebrado como o Dia da Consciência Negra. Entre as medidas, estão previstas a publicação de editais e a implementação de programas sociais.

A ministra também destacou a importância das cotas raciais nas universidades brasileiras. De acordo com Anielle, antes da lei de cotas, apenas entre 3% e 5% dos estudantes de ensino superior eram negros. No entanto, com a implementação da política, esse percentual já alcança 50%. Anielle, inclusive, é um exemplo dessa política, afirmando que foi aprovada em terceiro lugar como cotista na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) durante sua graduação.

Durante a entrevista, Anielle ainda defendeu a necessidade de punição mais rigorosa para crimes de racismo e enfatizou a importância da educação para conscientizar as pessoas sobre o preconceito racial. Ela ressaltou que é inadmissível que, em pleno 2023, ainda existam pessoas que cometem atos racistas e que acreditam estar certas, além de culparem o governo por suas atitudes.

Diante dessas declarações da ministra Anielle Franco, fica evidente a necessidade de combater o racismo e promover a igualdade racial no Brasil. As políticas de cotas nas universidades mostram-se efetivas e é preciso avançar ainda mais nesse sentido, implementando outras medidas que promovam a inclusão e a valorização da população negra. Além disso, é fundamental que haja uma conscientização coletiva sobre o preconceito racial, para que possamos construir uma sociedade mais justa e igualitária.

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