Anielle Franco enfatizou a invisibilidade e subalternização da figura do negro na sociedade brasileira, resultado de um longo processo de apagamento da cultura negra. A ministra também destacou a importância do dia 20 de novembro como momento de celebração da história, memória, cultura e existência do povo negro, especialmente em homenagem a Zumbi dos Palmares, líder quilombola morto nessa data.
Ao estabelecer o 20 de novembro como feriado nacional no primeiro ano do Ministério da Igualdade Racial, Anielle Franco reforçou a necessidade de reparação das marcas deixadas pela escravidão, bem como a importância de continuar lutando por igualdade racial em todo o país. A ministra ressaltou ainda a urgência de medidas para combater a desigualdade, a fome, a pobreza e a violência enfrentadas pela população negra no Brasil.
Além disso, a secretária-executiva do ministério, Roberta Eugênio, participou de uma celebração na Serra da Barriga, em Alagoas, local que abrigou o maior quilombo do país, o Quilombo dos Palmares. Eugênio destacou a resistência do povo negro e a importância dos quilombos como territórios de luta e realização dos direitos fundamentais.
O evento contou com a presença de religiosos de matriz africana e apresentações culturais que celebraram a diversidade e a ancestralidade afro-brasileira. Em meio às comemorações, a mensagem de ambas as representantes do Ministério da Igualdade Racial foi clara: seguir lutando para que o povo negro do Brasil seja reconhecido, respeitado e tenha seus direitos garantidos, em busca de uma sociedade mais justa e igualitária para todos.