De acordo com o novo texto publicado no site da Meta em inglês dos EUA, vários comportamentos antes proibidos passarão a ser permitidos, como insultos homofóbicos, transfóbicos, xenófobos e misóginos, desde que inseridos em contextos específicos, como discussões políticas ou religiosas e términos de relacionamentos. A misoginia, que é o ódio às mulheres, e a xenofobia, que é o ódio ao estrangeiro, estão entre esses comportamentos.
Questionada pela Agência Brasil sobre a aplicação dessas mudanças no Brasil no futuro, a Meta ainda não forneceu respostas. No entanto, Mark Zuckerberg, dono da companhia, afirmou que as mudanças começariam nos EUA e que trabalharia em parceria com Trump contra países que regulam as redes sociais.
Além disso, a Meta passou a permitir a associação da homossexualidade e transsexualidade a doenças mentais. Essas mudanças, no entanto, geraram preocupações entre especialistas, como a fundadora da Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNCD), Ana Regina Rego, que considera as alterações um retrocesso no combate ao discurso de ódio online.
As novas políticas da Meta também incluem o apoio a discursos contrários à participação feminina em setores como militares, policiais e de ensino, baseados em orientações religiosas. Por outro lado, a empresa reforça a remoção de discursos desumanizantes e de condutas odiosas em suas plataformas.
Em meio a esse cenário de mudanças, o diretor de assuntos globais da Meta, Joel Kaplan, justificou que as regras anteriores eram muito restritivas e que as alterações visam eliminar limitações relacionadas à imigração, identidade de gênero e gênero. A implementação completa das novas políticas ainda deve levar algumas semanas.