DIREITOS HUMANOS – Marcha Trans e Travesti no Rio protesta contra condições de vida e pede políticas públicas para a comunidade LGBTQIA+.

Hoje, nas ruas do centro do Rio de Janeiro, homens, mulheres e pessoas não binárias transexuais e travestis marcharam em um protesto contra as condições e tratamentos discriminatórios que têm enfrentado. Com o tema “Pelo direito de sonhar novos futuros”, a manifestação foi uma demanda por políticas públicas que revertam a baixa expectativa de vida, falta de acesso ao mercado de trabalho e a educação, além de outras formas de discriminação.

Saindo da Candelária e percorrendo a movimentada Avenida Rio Branco, os participantes da segunda Marcha Trans e Travesti chegaram à Cinelândia, tradicional palco de manifestações políticas. Entre os protestantes, estava o ativista Gab Van, diretor da marcha, que afirmou que “sonhar dá sentido à luta”. Para ele, o ato de resistência, feito por e para pessoas trans, é fundamental para honrar a luta daqueles que vieram antes e celebrar a presença dos que estão atualmente na luta.

Dani Balbi, primeira mulher trans a ser eleita deputada estadual no Rio de Janeiro, também marcou presença na marcha, enxergando o evento como um espaço de organização da luta trans e travesti. Ela enfatizou que, por muito tempo, a comunidade trans e travesti foi negligenciada nas lutas por direitos humanos e que a marcha é uma forma de ecoar as pautas contra os assassinatos de pessoas trans e travestis, além de demandar por equidade de oportunidades.

Maria Eduarda, presidente da ONG Pela Vidda, voltada para a prevenção do HIV, destacou que a sociedade está vivendo um momento “antitrans”, com inúmeros projetos de lei tramitando para restringir os direitos dessa comunidade. Ela ressaltou a importância de garantir o básico, como comida na mesa e oportunidades de trabalho e estudo.

Em meio às reivindicações, a Marcha Trans e Travesti foi um evento marcante e importante para reforçar as demandas por igualdade e respeito para a comunidade cisgênero, transexual e travesti. A mobilização, que atraiu participantes de diversas partes do Rio de Janeiro e do Brasil, serviu para demonstrar que a luta pela garantia dos direitos dessas pessoas está longe de ser esquecida ou ignorada.

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