A manifestação teve início às 4h e rapidamente chamou a atenção de transeuntes e banhistas. Às 10h45, dois integrantes da Rio de Paz cavaram uma cova na areia, representando um enterro simbólico das crianças vítimas da violência em Gaza. Por fim, as mortalhas foram recolhidas pela ONG, mas a mensagem de indignação e solidariedade permaneceu no ar.
Antônio Carlos Costa afirmou que o Hamas, grupo responsável pelo ataque a Israel no dia 7 de outubro, não pode ser visto como a luta do oprimido contra o opressor, mas sim como um grupo genocida e antissemita. Ele ressaltou que a barbárie não pode ser justificada, mesmo diante de um ato criminoso. Desde que Israel iniciou sua ofensiva em Gaza, cerca de quatro mil crianças foram mortas. A situação, portanto, é desesperadora.
A questão da guerra no Oriente Médio também tem impacto direto no Brasil. De acordo com Costa, em um mundo cada vez mais interconectado, eventos ocorridos em locais distantes podem afetar a vida de todos. Ele comparou as ações no Oriente Médio com as operações policiais no Rio de Janeiro, ressaltando que a justificativa de autodefesa não pode ser elevada a um princípio, pois isso coloca em risco a vida de civis inocentes.
O ativista também alertou que a guerra tem dividido o próprio povo de Israel, já que muitos israelenses são contrários ao confronto. Além disso, a imagem de Israel perante o mundo vem sendo alterada negativamente. As pessoas já não falam apenas do atentado terrorista sofrido pelo país, mas também dos crimes de guerra que Israel está cometendo em Gaza.
Antônio Carlos Costa ressaltou que é contrário ao uso indiscriminado e desproporcional da força em Gaza, enfatizando que essa ação constitui um crime de guerra. Ele, juntamente com outras organizações humanitárias e entidades como o Conselho de Segurança da ONU, Anistia Internacional, Médicos sem Fronteiras e Unicef, pede pelo cessar-fogo imediato.
Na próxima terça-feira (7), a Rio de Paz fará uma nova manifestação para lembrar um mês do ataque do Hamas a Israel. O objetivo é repudiar o atentado terrorista e demonstrar solidariedade ao povo israelense, além de pedir a libertação dos reféns mantidos por essa facção terrorista.
Com essa ação, a ONG Rio de Paz chama atenção para a gravidade da situação em Gaza, buscando incitar a reflexão e a conscientização sobre a necessidade de um fim imediato do conflito e da violência que assola a região. Através do simbolismo das mortalhas e da mensagem de solidariedade, o grupo busca se unir a outras vozes ao redor do mundo na luta pela paz e pela proteção das crianças, que são as maiores vítimas dessa guerra.