Esse resgate foi coordenado por uma equipe do Ministério do Trabalho e Emprego, em colaboração com o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Federal. A equipe de fiscalização descobriu que a idosa não apenas cuidava de uma senhora com mais de 100 anos, mas também enfrentava condições de trabalho extremamente opressivas. Relatos indicam que ela tomava medicação para tratar arritmia cardíaca e dormia no mesmo quarto da empregadora, o que destacava a ausência de períodos apropriados de descanso e a continuidade das obrigações a que estava submetida.
A situação dessa mulher foi considerada alarmante pelas autoridades, que estimaram que o valor das verbas rescisórias devidas a ela girava em torno de R$ 60 mil. Em resposta a essa grave violação de direitos, a fiscalização determinou não apenas a regularização do registro do vínculo empregatício de forma retroativa, mas também o recolhimento das contribuições correspondentes ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Após ser liberada de um ciclo de privação e isolamento, a idosa foi acolhida por familiares e está recebendo acompanhamento necessário. Em um desdobramento importante, o Ministério Público do Trabalho firmou um Termo de Ajustamento de Conduta com os empregadores, exigindo a regularização das obrigações trabalhistas e previdenciárias, além de assegurar à vítima um salário vitalício.
Enquanto as investigações continuam, a Polícia Federal não descarta novas ações em relação aos responsáveis. Autoridades reforçam que casos semelhantes de trabalho escravo no Brasil podem ser denunciados de modo anônimo e seguro, através de plataformas específicas e linhas telefônicas, buscando assim proteger mais cidadãos de situações de exploração como a vivida pela idosa resgatada.