Feminicídio é o termo utilizado para caracterizar assassinatos em que a motivação está relacionada à condição de ser mulher, seja ligada diretamente à violência doméstica ou por razões misóginas, em que há um menosprezo ou discriminação voltadas ao sexo feminino.
Os casos de feminicídio ocorrem de diversas formas, seja em ambientes privados ou em espaços públicos, e muitas vezes resultam de episódios de violência doméstica. Segundo a Polícia Civil, entre as ocorrências divulgadas no estado de São Paulo, está o caso de uma mulher que foi asfixiada com travesseiros em um hotel em Campinas, no interior paulista.
Outra situação grave aconteceu em Barretos, também no interior de São Paulo, onde um homem esfaqueou duas pessoas que tentaram defender a ex-companheira dele de suas agressões. Infelizmente, a mulher não resistiu aos ferimentos e veio a falecer.
Diante do aumento do número de feminicídios, a SSP afirmou que tem se dedicado a examinar a dinâmica desse tipo de crime. Segundo a secretaria, em 83,2% das situações, a vítima havia sofrido violência doméstica anteriormente. Além disso, em 56,1% dos casos, a mulher tinha uma relação afetiva com o agressor, e em 39,3%, havia uma ligação familiar ou de amizade.
Como forma de lidar com a questão, a SSP revelou que desenvolveu um projeto para que os agressores recebam uma tornozeleira eletrônica ao serem soltos nas audiências de custódia. Segundo a secretaria, desde setembro até 24 de janeiro, 167 agressores foram monitorados por meio desse dispositivo. No entanto, 9 deles foram presos novamente por violarem a ordem de distância imposta.
A preocupante estatística de feminicídios no estado de São Paulo reforça a necessidade de medidas efetivas para prevenir e punir casos de violência contra as mulheres. A sociedade como um todo precisa estar atenta e engajada na luta pela proteção e respeito às mulheres, visando um futuro em que esses crimes sejam erradicados completamente.