Durante a audiência, a presidente da comissão, deputada Renata Souza (PSOL), propôs a criação de delegacias especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) em municípios que ainda não possuem esse serviço. Dados apresentados revelam um expressivo aumento nos casos de feminicídio. Segundo o ISP, 84% dos assassinatos ocorreram dentro das residências das vítimas, e em 22% dos casos, os filhos presenciaram a morte da mãe.
Renata Souza enfatizou a gravidade da situação no Rio e destacou a importância da abertura de DEAMs em todas as cidades para garantir o atendimento adequado e a segurança das vítimas. A deputada Dani Balbi também ressaltou a insuficiência de recursos do Estado destinados às políticas públicas para mulheres, representando menos de 0,5% dos recursos. Ela chamou a atenção para a necessidade de um trabalho conjunto entre as deputadas para ampliar os direitos femininos.
Durante a audiência, Graciele Silva, integrante do Movimento de Mulheres de São Gonçalo, compartilhou seu relato como vítima de uma tentativa de feminicídio em outubro de 2024. Ela foi atacada por um agressor com várias passagens pela delegacia, sendo a 17ª vítima dele. Graciele pediu que o Estado priorize políticas públicas para combater esse tipo de crime.
A socióloga Munah Malek e a promotora do Ministério Público Estadual Eveleen Oliveira também participaram da discussão, alertando sobre o cenário alarmante da violência contra as mulheres no Brasil e a importância de combater esse tipo de violência. A sociedade civil e as autoridades precisam unir esforços para garantir a proteção e o respeito aos direitos das mulheres. É fundamental agir de forma eficaz para coibir esses crimes e proporcionar um ambiente seguro e acolhedor para todas as mulheres.