A embaixatriz destacou a necessidade de uma explicação para a abordagem diferenciada dos policiais em relação aos três jovens negros, comparada aos amigos brancos que os acompanhavam. Ela enfatizou a importância da Justiça brasileira no caso e expressou preocupação com o impacto do trauma vivenciado pelos adolescentes. Moudouté relatou que, inicialmente, seu filho não falou muito sobre o ocorrido, mas que, ao ter acesso às conversas que ele teve com o irmão mais velho, a gravidade das agressões ficou evidente, causando choque na família.
Um vídeo da abordagem mostra os policiais chegando com armas em punho e colocando os jovens contra a parede, uma situação que a embaixatriz descreveu como violenta e desrespeitosa. Ela criticou a postura dos agentes em relação à abordagem de menores de idade e defendeu um tratamento mais respeitoso e adequado em situações como essa.
Diante da repercussão do caso, tanto a Polícia Militar quanto a Polícia Civil anunciaram investigações. A PM informou que os policiais envolvidos portavam câmeras corporais, cujas imagens serão analisadas para averiguar eventuais excessos. Já a Polícia Civil, por meio da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo, dará continuidade à investigação, buscando ouvir os adolescentes abordados para esclarecer os fatos.
A abordagem violenta dos policiais contra os adolescentes negros gerou indignação e chamou atenção para a necessidade de combater o racismo e garantir a proteção e a dignidade de todos os cidadãos, independentemente de sua cor de pele. O caso serve como alerta para a importância do respeito aos direitos humanos e da necessidade de responsabilização em situações de abuso de autoridade.