Para evitar esse tipo de problema no futuro, a promotora de Justiça Raquel Madruga, do MPRJ, defende a utilização de urnas eletrônicas em todos os municípios do estado do Rio nas próximas eleições, daqui a quatro anos. Segundo ela, o MPRJ já articulou o empréstimo de urnas eletrônicas com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e forneceu listas de eleitores para algumas cidades nas eleições deste domingo (1º).
Durante o processo de escolha dos conselheiros tutelares em todo o estado do Rio, 137 promotores de Justiça acompanharam o andamento das eleições nos 904 locais de votação. Em sua função de fiscalização, eles verificaram a regularidade dos trabalhos, o exercício do direito de voto dos eleitores e procuraram coibir irregularidades praticadas por candidatos e seus representantes. Essa atribuição é prevista no Artigo 139 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O Ministério Público informou que procedimentos administrativos serão instaurados para investigar todas as denúncias recebidas no estado. Depoimentos de testemunhas serão colhidos e as provas existentes serão analisadas. Caso sejam comprovadas irregularidades cometidas durante a campanha eleitoral, os candidatos podem perder o cargo, mesmo após serem empossados.
A anulação das eleições no município de Porto Real evidencia a importância da fiscalização rigorosa do processo eleitoral. É fundamental garantir a lisura e transparência nas eleições para que os conselheiros tutelares sejam escolhidos de forma democrática e confiável. A utilização de urnas eletrônicas pode ajudar nesse sentido, evitando a violação de urnas e garantindo a integridade dos votos.
As novas eleições em Porto Real serão uma oportunidade para corrigir as falhas ocorridas e assegurar que os eleitores possam exercer seu direito de escolha de forma justa. O MPRJ continuará atuando para garantir a regularidade do processo eleitoral, investigando eventuais irregularidades e tomando as medidas necessárias para garantir a legitimidade dos conselheiros tutelares eleitos.