Segundo a presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Samira de Castro, o setor perdeu cerca de 18% dos empregos formais, evidenciando a crise enfrentada pelos profissionais da comunicação. Em busca do fortalecimento da profissão, as entidades reivindicam a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão, que foi revogada pelo Supremo Tribunal Federal em 2009.
A luta por valorização profissional e um jornalismo sustentável também fazem parte das demandas da categoria. A Fenaj destaca a necessidade de políticas públicas que promovam o jornalismo e defende que a defesa da profissão é fundamental para a manutenção da democracia.
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) também expressa suas preocupações, solicitando a regulamentação das grandes corporações de tecnologia, o combate ao assédio judicial e às fake news, além do fortalecimento das mídias regionais, populares e comunitárias.
Em relação às dificuldades enfrentadas pelas mídias regionais, o presidente do Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA), Vito Gemaque, destaca a necessidade de melhorias nos salários e nos direitos da categoria. Mesmo com eventos importantes, como a COP-30, acontecendo na região, os jornalistas do Pará ainda recebem salários baixos, abaixo do piso estabelecido.
A luta dos jornalistas inclui a busca por aumento salarial e um piso mínimo de dois salários mínimos. As negociações com as empresas ainda estão em andamento, e a categoria aguarda uma resposta favorável às suas propostas. A data de 1º de maio está marcada para novas negociações, mas até o momento, os jornalistas não obtiveram um retorno satisfatório.