Os números revelam que, em 2012, a renda média do trabalho principal das pessoas negras era de R$ 1.049,44, enquanto a das brancas chegava a R$ 1.816,28. Já em 2023, esses valores aumentaram para R$ 2.199,04 (negras) e R$ 3.729,69 (brancas), o que reflete uma redução de 1,2 ponto percentual na desigualdade entre os grupos ao longo dos anos.
Além disso, o estudo ressalta que a renda média do trabalho doméstico realizado pelas mulheres negras equivalia a 86,1% da renda das mulheres brancas em 2012. No entanto, em 2022, essa diferença aumentou para 4,8 pontos percentuais, evidenciando um aumento na desigualdade entre esses grupos.
No que diz respeito à representatividade em cargos gerenciais, os números também revelam disparidades. Em 2012, as pessoas negras representavam 53% da população, porém ocupavam apenas 31,5% dos cargos gerenciais. Já em 2023, esses percentuais aumentaram para 56,5% da população e 33,7% dos cargos gerenciais, mostrando um aumento na proporção de negros na população, mas em ritmo mais lento nos cargos gerenciais.
Ainda é possível observar que, apesar de avanços em alguns aspectos, como a diminuição da diferença na taxa de desocupação entre mulheres negras e homens brancos, a desigualdade racial persiste em diversos setores da sociedade. O trabalho do Centro de Estudos e Dados sobre Desigualdades Raciais se mostra fundamental para compreender e combater essas disparidades, contando com o apoio de diversas instituições e parceiros comprometidos com a causa da igualdade racial.