Ao se identificar como parlamentar em exercício durante a manifestação, a deputada foi impedida de entrar na Câmara dos Deputados e sofreu queimaduras nos dedos. Mulheres e crianças indígenas também foram feridas durante a ação. Isso levou Célia Xakriabá a pedir a instauração de um inquérito pela Polícia Federal, a liberação das imagens de segurança do Congresso Nacional no dia da marcha e a emissão de recomendações para evitar novos episódios de violência.
Além disso, foram apontadas questões de truculência por parte das polícias Militar do Distrito Federal e Legislativa do Congresso, bem como a omissão do Detran-DF e do Corpo de Bombeiros. A deputada denunciou discursos racistas e de incitação à violência em uma reunião virtual da Secretaria de Segurança Pública do DF, indicando premeditação na repressão ao protesto. Uma representação foi feita ao Supremo Tribunal Federal e a Procuradoria da República no DF iniciou uma investigação.
Célia Xakriabá também acionou o Ministério das Mulheres, o Ministério da Igualdade Racial e o Conselho Nacional dos Direitos Humanos, denunciando violência política de gênero, racial e institucional. Para a deputada, o ocorrido representa um ataque à democracia e ao exercício do mandato parlamentar. Ela ressaltou a importância de respeitar as mulheres indígenas que ousam existir e resistir no espaço político, e pediu a abertura de um procedimento de apuração ao Conselho Nacional dos Direitos Humanos.