A iniciativa foi desenvolvida a partir de uma consulta global realizada pelas organizações Save the Children e Plan International, em colaboração com Joining Forces, MMI-LAC e Crianças no G20. Adolescentes brasileiras foram escolhidas para representar os mais de 50 mil signatários da carta durante a Cúpula Social do G20, que ocorreu entre os dias 14 e 16 de novembro no Rio de Janeiro.
Ynara, de 17 anos, do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Rio de Janeiro, expressa a importância de serem ouvidas e destaca a necessidade de que as recomendações feitas por milhares de crianças ao redor do mundo sejam efetivamente consideradas pelos líderes do G20. Maria Eduarda, de 16 anos, participante de projetos da Plan International Brasil, ressalta a capacidade das crianças e adolescentes de contribuir com suas energias e visões únicas para as discussões.
Durante a Cúpula Social do G20, as adolescentes Ynara e Maria Eduarda moderaram o “Evento de Alto Nível: G20 e os Direitos de Crianças e Adolescentes”, no qual debateram as recomendações das crianças sobre as prioridades do G20, com base na consulta global e no Policy Pack Crianças no G20.
O movimento “Crianças no G20” vem atuando há décadas na defesa da inclusão de um espaço formal para as crianças no G20, propondo a criação de um grupo de trabalho no Grupo de Engajamento da Sociedade Civil (C20). A diretora de Advocacy, Parcerias e Comunicação da Save the Children no Brasil, Karina Gomes, destaca a importância de dar voz às crianças nas políticas que impactam suas vidas.
Essa iniciativa inovadora de permitir a participação ativa de crianças e adolescentes no G20 reforça a relevância de integrá-los nas decisões que moldam seu presente e futuro, como ressalta Flávio Debique, diretor de Programas e Advocacy da Plan International Brasil.
O grupo “Crianças no G20” é formado por diversas organizações engajadas na defesa dos direitos e bem-estar das crianças, demonstrando o compromisso conjunto em garantir que as vozes das crianças sejam ouvidas e consideradas em instâncias de governança global.