DIREITOS HUMANOS – Crescimento alarmante: feminicídios com arma de fogo aumentam 45% entre mulheres em 2025, com 29 casos até agosto, revela levantamento do Instituto Fogo Cruzado.

Um levantamento recente realizado pelo Instituto Fogo Cruzado em 57 municípios brasileiros revelou dados alarmantes sobre feminicídios e tentativas de feminicídios usando armas de fogo no ano de 2025. Até a primeira quinzena de agosto, pelo menos 29 mulheres foram vítimas desses crimes, representando um aumento significativo de 45% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Desses 29 casos, 76% tiveram um desfecho trágico, com a morte de 22 mulheres. Em 2024, dos 20 incidentes registrados, 60% resultaram em fatalidades, somando 12 mortes. Essa crescente onda de violência contra as mulheres acende um sinal de alerta para as autoridades e a sociedade civil, que precisam unir esforços para enfrentar essa questão.

A região metropolitana do Recife se destacou como a área com o maior número de ocorrências, respondendo por 31% dos casos registrados. Em 2025, foram 13 vítimas, com oito mortes e cinco feridos, um aumento considerável em relação aos oito casos do ano anterior, quando seis mulheres faleceram. Outros municípios também apresentaram números preocupantes. Na Grande Belém, foram registradas duas mortes em 2025, enquanto na Grande Salvador, o total de mortes aumentou de duas para quatro.

No Rio de Janeiro, a situação é igualmente crítica, com 10 vítimas em 2025, sendo oito mortas e duas feridas, um aumento em relação aos sete casos do ano anterior. Esses dados revelam uma escalada da violência em diversas regiões do Brasil, exigindo uma resposta imediata e eficaz do poder público e da sociedade.

O ambiente doméstico continua a ser o cenário predominante para esses crimes. Dos 29 casos, 15 ocorreram no lar das vítimas, e cinco em bares. A maioria das agressões foi cometida por companheiros ou ex-companheiros, respondendo por 86% das situações registradas. Além disso, em um quarto dos casos, os agressores eram agentes de segurança.

Os números da violência contra a mulher no Brasil são preocupantes e demandam iniciativas que garantam a segurança e a proteção das mulheres em todo o país. A sociedade deve elevar sua voz e pressão por mudanças efetivas nas políticas públicas e na cultura de respeito e igualdade.

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