DIREITOS HUMANOS – Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa destaca necessidade de proteção e denúncia contra violações em Brasília. Ministro aponta desigualdades alarmantes entre idosos.

Na última terça-feira, dia 16, Brasília recebeu a abertura da 6ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, evento que se estenderá até o dia 19 de outubro. Este importante encontro contou com a presença das ministras Macaé Evaristo, responsável pelos Direitos Humanos e Cidadania, e Márcia Lopes, à frente da pasta das Mulheres. Durante a cerimônia de abertura, as autoridades ressaltaram a urgência de que a sociedade participe ativamente na denúncia de violações contra a população idosa, que atualmente ultrapassa os 35 milhões de indivíduos no Brasil.

As ministras enfatizaram que é fundamental estabelecer uma rede de proteção eficaz para os idosos, que muitas vezes enfrentam situações de violência e descaso. Macaé Evaristo destacou que a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos dará prioridade ao atendimento das denúncias relacionadas a essa faixa etária, reforçando um compromisso do governo em assegurar a integridade e os direitos desses cidadãos. O canal Disque 100, mencionado como uma ferramenta acessível, permite que qualquer pessoa possa reportar situações de vulnerabilidade enfrentadas por idosos.

A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, surpreendeu os presentes ao anunciar a criação de um fórum nacional voltado para as mulheres idosas, uma iniciativa que tem como objetivo garantir dignidade e respeito, além de promover acesso a políticas públicas. Lopes enfatizou a importância de combater os desafios sociais que atingem essa população, lamentando que muitos ainda são relegados à marginalização e à invisibilidade.

A conferência também abordou as desigualdades presentes entre os idosos, com Macaé Evaristo apresentando dados alarmantes sobre a disparidade de renda entre indivíduos brancos e aqueles de outras etnias. Segundo a ministra, a média de aposentadorias para idosos brancos é 65% maior que a dos idosos pretos e pardos. Além disso, ela informou que mulheres idosas com formação superior têm três vezes mais chances de se manter no mercado de trabalho em comparação àquelas que não completaram a educação básica.

Alexandre da Silva, secretário nacional dos direitos da pessoa idosa, reforçou que, apesar dos avanços observados na garantia de direitos, ainda existem enormes desafios a serem enfrentados. A conferência, segundo ele, não apenas serve como um espaço para escuta, mas também visa evidenciar os problemas que persistem em diversas regiões do Brasil. A necessidade de um diálogo construtivo e de ações efetivas se faz essencial para garantir um futuro mais justo e dignificado para a população idosa.

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