DIREITOS HUMANOS – Brasil SAI do Mapa da Fome: Lula comemora conquista histórica e destaca que a luta contra a insegurança alimentar deve continuar.

Na última segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua satisfação ao comentar o novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), que revela que o Brasil deixou de ser um país listado no Mapa da Fome. Em uma conversa por telefone com Qu Dongyu, diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), Lula declarou que está “dormindo com a consciência tranquila do dever cumprido” em relação ao bem-estar do povo brasileiro.

O presidente destacou a relevância desse momento, ressaltando que a insegurança alimentar grave e a subnutrição afetavam menos de 2,5% da população. Ele anunciou estar muito feliz, considerando a luta contra a fome em território nacional uma “missão de vida” e uma “profissão de fé”. Essa determinação se intensificou após sua volta à presidência, quando 33 milhões de brasileiros enfrentavam fome.

Lula atribuiu o sucesso do Plano Brasil contra a Fome ao esforço conjunto do governo federal com administrações estaduais e municipais. Ele enfatizou a importância de continuar essa trajetória, pedindo um esforço adicional para eliminar completamente a fome no país. O presidente acredita que o próximo ano trará dados ainda melhores, considerando que o recente levantamento reflete um cenário difícil, com informações de 2022, um ano desafiador em termos de segurança alimentar.

Para Lula, a erradicação da fome e da pobreza está intrinsecamente ligada à inclusão dos mais pobres nos orçamentos governamentais. Ele argumentou: “Quando os governantes fizerem isso, resolveremos esse problema crônico da humanidade.” A distribuição de renda foi novamente mencionada como uma solução vital, abordando desigualdades em salários, gênero, raça e oportunidades de emprego.

O presidente também se posicionou como um “soldado do Brasil e da FAO” na luta contra a fome mundial, recordando sua participação em ações do G20 voltadas para a criação de uma aliança global que conta com a adesão de mais de 100 países. Lula não poupou críticas aos investimentos excessivos em armamentos, contrastando-os com a necessidade urgente de recursos destinados à alimentação e à preservação ambiental.

Apesar dos avanços, Lula lamentou que, mundialmente, 733 milhões de pessoas ainda enfrentam a escassez alimentar, afirmando ser uma vergonha quando a produção alimentar é suficiente para todos, mas muitos ainda carecem de acesso por questões econômicas.

O diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, parabenizou o Brasil por essa conquista e destacou a importância do êxito brasileiro no contexto global, ressaltando que o país é um exemplo para o mundo por ter superado a fome em outras ocasiões e por oferecer um modelo de sucesso que pode inspirar outras nações.

Sair da versão mobile