Os pesquisadores apontaram diversas causas para esse aumento exponencial, sendo uma delas a ausência de dados padronizados e consistentes para embasar políticas públicas voltadas para essa população vulnerável. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, enfatizou a importância dessas informações para tornar as intervenções mais eficazes e destacou o Plano Ruas Visíveis como uma iniciativa para melhorar a condição dessas famílias desabrigadas.
Um dos pontos abordados no estudo foi a heterogeneidade da população em situação de rua, com diferentes grupos enfrentando graus variados de vulnerabilidade, como mulheres, crianças, idosos, pessoas com deficiência e membros da comunidade LGBTQIA+. O cruzamento de dados do Cadastro Único revelou que jovens, analfabetos, negros e indígenas têm mais chances de dormir nas ruas do que em abrigos, o que reflete as desigualdades presentes nesse contexto.
A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, ressaltou a importância de políticas eficazes para atender às necessidades dessa população marginalizada e enfatizou a necessidade de enfrentar o racismo e outras questões éticas e étnicas que permeiam a situação de rua. Apesar dos dados e reflexões apresentados no caderno de estudos, os pesquisadores destacaram a importância de ampliar essas informações, sugerindo a realização de um censo nacional da população em situação de rua e a integração de dados administrativos para embasar as políticas públicas de forma mais precisa.
Diante desse cenário preocupante, é imprescindível que o governo adote medidas efetivas para garantir o amparo e a inclusão dessas famílias em situação de rua, visando uma sociedade mais justa e igualitária para todos os seus cidadãos.