DIREITOS HUMANOS – Aumentam os casos de violência doméstica no Rio; Justiça reforça atendimento durante festas de fim de ano para proteger vítimas.

Entre os meses de janeiro e novembro de 2025, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro registrou alarmantes 71.762 novos casos de violência doméstica. Esses números revelam uma preocupação crescente, especialmente ao se considerar o histórico de aumento significativo desse tipo de crime durante as festas de fim de ano. Para enfrentar essa situação, as autoridades judiciárias têm reforçado as estruturas de acolhimento e atendimento às vítimas, assegurando que os serviços permaneçam ativos mesmo durante o recesso judiciário, que se estende de 20 de dezembro a 6 de janeiro.

A preocupação com a proteção das vítimas é evidenciada pela continuidade dos atendimentos e pela urgência em oferecer suporte em momentos críticos. O Observatório de Violência contra a Mulher da Justiça fluminense salienta que as medidas protetivas são essenciais e devem ser solicitadas sempre que a vítima se sentir ameaçada ou em situações de risco, como agressões físicas, ameaças, e outras formas de violência.

A desembargadora Adriana Ramos de Mello, coordenadora Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, enfatiza a importância desse suporte contínuo. Segundo ela, “toda mulher tem direito a atendimento imediato e humanizado”, e a violência doméstica deve ser reconhecida como uma questão de direitos humanos e responsabilidade social. Para garantir a agilidade no atendimento, mesmo com a redução da equipe durante o recesso, os serviços de acolhimento estão funcionando em regime de plantão, prontos para responder a situações de emergência.

Entre as ferramentas disponíveis para as vítimas estão o aplicativo Maria da Penha Virtual, que permite a solicitação de medidas protetivas de forma rápida e segura, e a Central Judiciária de Abrigamento Provisório (Cejuvida), que oferece abrigo sigiloso para mulheres em situação de risco. Adicionalmente, o Projeto Violeta visa garantir a segurança das mulheres ameaçadas.

Com a combinação de ações práticas e a conscientização da sociedade sobre a gravidade da violência doméstica, o estado reforça seu compromisso em proporcionar um ambiente mais seguro para as mulheres, especialmente em momentos em que a probabilidade de violência se intensifica.

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