Organizado pela Frente Estadual Antimanicomial, o ato defende uma reforma psiquiátrica e busca o fim dos manicômios, bem como dos investimentos públicos em comunidades terapêuticas. Além disso, a iniciativa defende o fortalecimento e a ampliação das redes territoriais de Atenção Psicossocial Antimanicomial.
Em entrevista à Agência Brasil, Ed Otsuka, coordenador geral da organização Sã Consciência e membro da Frente Estadual Antimanicomial, explicou o motivo do evento. Ele ressaltou que a celebração marca o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, instituído em 1987 e celebrado anualmente no dia 18 de maio.
Durante o ato, foram abordadas questões importantes relacionadas ao financiamento dos serviços públicos e à Rede de Atenção Psicossocial (Raps) Antimanicomial, sendo destacado o desvio de recursos para entidades privadas, como as comunidades terapêuticas. Otsuka destacou a importância da luta antimanicomial, que persiste desde os anos 70 e questiona as práticas de cuidado às pessoas em sofrimento psíquico.
Segundo o coordenador, os retrocessos na área são frequentes e políticas retrógradas que promovem a segregação e o asilamento continuam sendo implementadas por alguns governos. Ele ressaltou que tais políticas impedem a sociedade de lidar com a diversidade e a diferença, enfatizando a importância de manter viva a luta antimanicomial.