DIREITOS HUMANOS – Arquiteto negro será escolhido para projetar o Centro Cultural Rio-África na região carioca da Pequena África, valorizando a cultura afro-brasileira.

O Centro Cultural Rio-África, que será construído na região carioca conhecida como Pequena África, terá sua arquitetura desenvolvida por um profissional negro. Este profissional será selecionado por meio de um concurso de arquitetura promovido pela prefeitura do Rio de Janeiro e pelo departamento fluminense do Instituto dos Arquitetos do Brasil. O objetivo é reunir fragmentos físicos e culturais da presença negra no Rio de Janeiro e no país, valorizando a arte e a cultura afro-brasileiras através de ações que ressaltem a ancestralidade e a herança da diáspora africana.

O concurso é aberto para arquitetos negros do Brasil e de países africanos que fazem parte do Conselho Internacional de Arquitetos de Língua Portuguesa (Cialp). O projeto vencedor receberá um prêmio de R$ 60 mil e terá seu projeto executado, enquanto o segundo e terceiro lugar receberão prêmios de R$ 30 mil e R$ 15 mil, respectivamente. O Centro Cultural Rio-África ocupará uma área de aproximadamente 2,8 mil metros quadrados onde antes funcionava uma maternidade, próxima ao Cais do Valongo, principal porta de entrada de africanos escravizados nas Américas nos séculos 18 e 19.

O custo total da construção do Centro Cultural Rio-África é de R$ 30 milhões, sendo um investimento da empresa Cury Construtora e Incorporadora, sem custos para a prefeitura. As inscrições para o concurso estarão abertas até 30 de agosto e as propostas podem ser enviadas até 30 de setembro. O júri, composto principalmente por arquitetos negros, escolherá o projeto vencedor, que será conhecido em 29 de outubro.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, destacou a importância do Centro Cultural Rio-África no combate à desigualdade racial no país, ressaltando a necessidade de expor a história e corrigir as injustiças. O local será uma forma de valorizar a cultura negra e a arte contemporânea, além de contar com espaços que ressaltam a influência africana na identidade carioca e brasileira.

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