Turiba, militante do movimento estudantil e ex-membro do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), foi impedido de concluir seus estudos na Escola Técnica Nacional Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ) e posteriormente foi preso sob acusação de participação em atividades subversivas e torturado nas instalações do Doi-Codi, órgão de repressão subordinado ao Exército.
O jornalista foi condenado a seis meses de prisão pela Justiça Militar e vigiado pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até meados da década de 1980. A presidente da Comissão de Anistia, Enéa de Stutz e Almeida, enfatizou a importância da decisão ao acatar o pedido de Turiba, destacando a experiência trágica do autor e reforçando a representatividade de sua dor compartilhada por milhares de outras vítimas do regime ditatorial.
Turiba, emocionado, agradeceu a decisão da Comissão e ressaltou a importância do pedido de desculpas por parte do Estado brasileiro, citando a necessidade de continuar lutando pela democracia e pelo Estado de Direito. Além disso, declamou um de seus poemas intitulado “Tortura”, que retrata de forma visceral a experiência de dor e sofrimento vivida durante os anos de perseguição.
A Comissão de Anistia negou oito pedidos de anistia durante a reunião de quarta-feira e segue em atividade em Brasília nesta quinta-feira. A decisão a favor de Turiba marca um importante passo na reparação das vítimas da ditadura militar no Brasil, demonstrando o compromisso com a verdade histórica e a justiça social.