Após quase uma década sem a realização deste evento, a 5ª CNPM representa uma oportunidade crucial para promover discussões sobre igualdade de gênero e direitos das mulheres. A Conferência resulta de uma intensa mobilização que começou em abril deste ano, abrangendo todo o país e culminando neste momento de diálogo e construção coletiva.
Os principais tópicos a serem debatidos incluem enfrentamento às desigualdades sociais, econômicas e raciais, o combate à violência contra as mulheres e o aumento da presença feminina em espaços de decisão. Além disso, a Conferência busca fortalecer políticas de cuidado e autonomia econômica, abrangendo áreas como saúde, educação e assistência social, com foco na regulamentação de direitos reprodutivos.
Durante os três dias de evento, as participantes terão a oportunidade de interagir em grupos de trabalho abordando os temas que emergiram das etapas preparatórias. A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, destacou a importância do retorno da Conferência em um cenário político que, até recentemente, dificultava a participação social e a mobilização em torno das políticas públicas para mulheres. O governo anterior havia desmobilizado e reduzido investimentos em iniciativas voltadas para a promoção dos direitos femininos, resultando em um “silenciamento coletivo”.
Lopes também enfatizou as altas expectativas para a participação das mulheres, que buscam reivindicar espaço e voz em um contexto ainda marcado por desigualdade e violência. O engajamento em conferências municipais e estaduais mostra uma clara vontade de transformação entre as mulheres no Brasil, que buscam não apenas reconhecimento, mas também a implementação de políticas efetivas.
A Conferência contará ainda com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outras autoridades, o que traz um peso significativo às discussões. Entre as atividades programadas estão painéis temáticos, a finalização das propostas em uma plenária e ações culturais.
Em suma, a 5ª CNPM pretende não apenas reestabelecer um canal de diálogo, mas também construir um plano nacional que esteja em sintonia com a diversidade e as múltiplas vozes das mulheres brasileiras. Ao longo do evento, as propostas discutidas serão fundamentais para a criação de políticas que respeitem a realidade e as necessidades das mulheres em todo o país.