DIREITOS HUMANOS – 4ª edição do Fórum sobre Pessoas Afrodescendentes da ONU destaca justiça restaurativa na era da Inteligência Artificial em Nova York.



Iniciou-se nesta segunda-feira (14) a quarta edição do Fórum Permanente sobre Pessoas Afrodescendentes da Organização das Nações Unidas, sediado em Nova York, nos Estados Unidos. Estabelecido em 2022, o Fórum atua como um órgão consultivo do Conselho de Direitos Humanos, com o objetivo de promover melhorias na segurança, qualidade de vida e meios de subsistência das pessoas de ascendência africana.

A cerimônia de abertura do evento, realizada no plenário da ONU, contou com a presença ilustre da ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco, que representou o governo brasileiro. Em seu discurso, a ministra convocou as nações a unirem esforços na luta contra o racismo e defendeu a justiça climática para as populações afrodescendentes. Além disso, destacou a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, proposta pelo Brasil durante a Cúpula do G20 em 2024.

Anielle Franco ressaltou a importância de promover a igualdade racial como meio de gerar riqueza, autonomia e oportunidades para aqueles historicamente marginalizados na economia. Ela enfatizou que a igualdade racial permeia todos os aspectos da vida, desde saúde e educação até segurança pública, esportes, moradia, ciências e cultura.

O tema central do 4º Fórum será “África e Pessoas Afrodescendentes: Unidos pela Justiça Restaurativa na Era da Inteligência Artificial”, destacando a necessidade de reparar os legados históricos da escravidão e do colonialismo, especialmente diante dos desafios da era digital. O evento se concentrará nas contribuições essenciais para impulsionar a agenda global da justiça restaurativa.

Durante o período de realização, até 17 de abril, estão previstos debates sobre os direitos humanos das mulheres e meninas afrodescendentes sob uma perspectiva interseccional, considerando raça e gênero nas agendas globais da justiça restaurativa e digital. Outro tópico de discussão abordará a formulação de políticas para enfrentar o racismo sistêmico e a criação de sistemas de inteligência artificial éticos e inclusivos, garantindo a proteção dos direitos das pessoas afrodescendentes.

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