DIREITOS HUMANOS – 30 anos após Declaração de Pequim, nenhum país elimina completamente desigualdades de gênero, aponta ONU Mulheres citando Brasil.



Nos últimos 30 anos, desde a assinatura da Declaração de Pequim, nenhum país conseguiu eliminar completamente as desigualdades de gênero e atingir todas as metas estabelecidas no compromisso internacional, conforme apontado pela ONU Mulheres. Mesmo os países considerados mais avançados nesse sentido ainda enfrentam desafios para alcançar a plena igualdade entre homens e mulheres.

Segundo Ana Carolina Querino, representante interina da ONU Mulheres no Brasil, a questão do financiamento é apontada como um dos principais obstáculos para a implementação efetiva de políticas de igualdade de gênero. A falta de recursos adequados compromete a eficácia das ações e programas voltados para o empoderamento das mulheres e a promoção da igualdade.

Um relatório desenvolvido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), apresentado em um webinário, destacou a necessidade de garantir a continuidade e monitoramento das políticas públicas voltadas para mulheres no Brasil. O relatório também ressaltou a importância de abordagens transversais e interseccionais, levando em consideração as diversas realidades enfrentadas pelas mulheres brasileiras.

O documento apontou ainda desafios específicos enfrentados pelo Brasil, como a baixa execução orçamentária para o enfrentamento da violência contra a mulher. Em 2022, por exemplo, apenas 51,8% dos recursos autorizados para essa finalidade foram efetivamente utilizados. A criação do Ministério das Mulheres em 2023 foi considerada um avanço, permitindo uma maior centralização e articulação das políticas voltadas para as mulheres em diversas áreas.

Além dos desafios nacionais, o Brasil também enfrenta questões relacionadas à desigualdade de gênero em rankings internacionais. A diferença salarial entre homens e mulheres, a participação política feminina e a igualdade de oportunidades econômicas são alguns dos aspectos nos quais o país ainda precisa evoluir.

Diante desse cenário, especialistas e autoridades destacam a importância de manter o compromisso com a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres, mesmo em tempos de crise. É fundamental garantir que os direitos conquistados ao longo das últimas décadas sejam preservados e que novos avanços sejam alcançados para promover um desenvolvimento mais igualitário e sustentável em nível global.

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