A sondagem coincide com um momento de crise política na França, agravada pela renúncia do primeiro-ministro Sébastien Lecornu. Lecornu tenta formar uma nova administração a pedido do presidente Emmanuel Macron, mas sua renúncia gerou incertezas sobre a continuidade de seu governo. Ambos, Le Pen e Bardella, clamaram pela dissolução da Assembleia Nacional e pediram novas eleições, evidenciando o clima de instabilidade reinante no país.
A pesquisa aponta a esquerda em segundo lugar, com um desempenho que pode variar dependendo das alianças formadas. Se partidos de esquerda se unirem em uma coalizão, poderiam alcançar 24% dos votos. No entanto, se atuarem isoladamente, a França Insubmissa, liderada por Jean-Luc Mélenchon, teria apenas 9%, enquanto outros partidos de esquerda somariam 18%.
Por outro lado, o bloco presidencial, representado pelo partido Renascimento de Macron e seus aliados, aparece em terceiro ou quarto lugar, com aproximadamente 14% a 16% das intenções de voto. A direita tradicional, incluindo os Republicanos, deve obter entre 12% e 13%. Outras forças políticas parecem não conseguir ultrapassar a barreira de 10% na preferência do eleitorado.
O estudo foi realizado entre os dias 6 e 7 de outubro de 2025, envolvendo 1.012 eleitores registrados e representativos da população francesa. Embora a margem de erro não tenha sido divulgada, a pesquisa traz um reflexo claro das tensões políticas em curso. A renúncia de Lecornu é particularmente significante, já que ele detém o recorde do mandato mais curto dentre todos os chefes de governo da Quinta República. Desde a reeleição de Macron em 2022, pelo menos cinco primeiros-ministros já ocuparam o cargo, indicativo da fragilidade atual da governança no país.









