Kaja Kallas, chefe da diplomacia europeia, enfatizou a urgência de uma resposta unificada para que a Europa possa ser levada a sério no cenário internacional. Ela destacou o protecionismo adotado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, como uma ameaça à integridade do comércio entre a Europa e os Estados Unidos. Kallas alertou que a fragmentação pode ser um risco real no ambiente atual, onde mudanças geopolíticas podem desestabilizar alianças que existem há mais de 70 anos.
Em meio a esse contexto, António Costa, presidente do Conselho Europeu, defendeu uma posição firme em relação ao conflito na Ucrânia, argumentando que a resolução deve seguir os interesses de Kiev. Essa posição foi respaldada por Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. Contudo, a declaração contrária de Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, que sugeriu que a situação requer diálogo e diplomacia, sinalizou uma divisão clara dentro do bloco, refletindo a complexidade das relações internacionais e a diversidade de interesses dos Estados-membros.
O novo governo americano, sob a liderança de Trump, levanta preocupações sobre a unidade da União Europeia em meio a uma série de crises, incluindo os conflitos no Oriente Médio, a relação com a China e a própria proteção do bloco contra influências externas. “Neste cenário global, a ideia de unidade é mais complexa do que aparenta; as nações estão mais focadas em assegurar seus próprios interesses do que em uma verdadeira colaboração coletiva”, afirmou um diplomata presente no encontro. Este panorama destaca as dificuldades que a Europa enfrenta para se manter coesa em um mundo repleto de incertezas e interesses conflitantes.