Alagoas registrou o maior crescimento de renda domiciliar per capita do Nordeste nos últimos doze anos, de acordo com levantamento divulgado nesta quinta-feira (6) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O estudo revela que o rendimento médio do estado saltou de R$ 887 em 2012 para R$ 1.317 em 2024 — um aumento de 48,5%, o mais expressivo da região.
O desempenho alagoano superou o do Rio Grande do Norte (46,5%), Piauí (44,7%) e Maranhão (42,8%). Em média, o Nordeste teve crescimento de 26,7% no período. A pesquisa, intitulada “Evolução da renda, desigualdade e pobreza nos Estados do Nordeste”, utilizou como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O documento destaca que o avanço contribuiu para a redução das disparidades econômicas e sociais na região, embora os estados nordestinos ainda apresentem renda inferior à média nacional.
Avanço recente
Entre 2022 e 2024 — período correspondente ao governo Paulo Dantas (MDB) —, o rendimento médio per capita da população de Alagoas cresceu 31,7%, o segundo maior avanço do Nordeste, ficando atrás apenas de Pernambuco, que teve alta de 32,2%.
Nesse intervalo, a renda média do alagoano passou de R$ 1 mil para R$ 1.317, um incremento nominal de R$ 317. O estudo atribui o resultado à combinação entre políticas públicas de transferência de renda, expansão do mercado de trabalho e melhor execução administrativa nos estados mais vulneráveis.
Segundo a FGV, “a queda da pobreza e da extrema pobreza no Nordeste entre 2022 e 2024 decorre da convergência entre políticas públicas robustas, recuperação do emprego e maior cobertura de programas sociais, sobretudo em unidades da federação onde a gestão foi mais eficaz e a vulnerabilidade inicial era mais acentuada”.









