Dados do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), divulgados pelo IBGE, mostram que a economia de Alagoas registrou crescimento no número de empresas e no total de trabalhadores em 2023, mas manteve a menor remuneração média entre todas as unidades da Federação.
O estado contabilizou 85.715 unidades locais — estabelecimentos onde efetivamente ocorre a atividade econômica — um aumento de 6,6% em relação a 2022, quando eram 80.404. Essas unidades ocupavam 699.579 pessoas em 31 de dezembro de 2023, das quais 606.160 eram assalariadas. O número representa alta de 8,1% na comparação com o ano anterior.
Apesar do avanço no emprego, o salário médio mensal pago no estado caiu de R$ 2.743,72 para R$ 2.637,58 em 2023, valor atualizado pela inflação para comparação real. O rendimento permanece como o menor do país. No extremo oposto, o Distrito Federal liderava o ranking, com média salarial de R$ 5.888,77.
Cenário nacional
Em todo o Brasil, o IBGE identificou 10 milhões de empresas e outras organizações formais ativas em 2023, alta de 6,3% em relação ao ano anterior. Elas ocupavam 66 milhões de pessoas, sendo 52,6 milhões assalariadas (79,8%). A média salarial nacional foi de R$ 3.745,45, um crescimento de 2% em relação a 2022.
Composição da economia em Alagoas
Entre as 85,7 mil unidades locais do estado, o comércio permaneceu como o setor mais representativo, com 29,7 mil estabelecimentos — sendo 22,6 mil apenas no varejo. Serviços também tiveram grande participação, com destaque para outras atividades de serviços (8,3 mil) e atividades administrativas e profissionais.
O setor de alojamento e alimentação reunia 4,9 mil unidades, refletindo a importância do turismo para a economia estadual. A indústria de transformação contabilizava 3,7 mil estabelecimentos, enquanto saúde e educação somavam 4,5 mil e 4,6 mil unidades locais, respectivamente.
Sobre a pesquisa
O CEMPRE reúne dados cadastrais e econômicos de empresas e organizações inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). As informações são atualizadas anualmente a partir de bases do IBGE, Receita Federal e Ministério do Trabalho e Emprego. A publicação detalha indicadores como número de empresas, pessoal ocupado, salários e remunerações, considerando atividade econômica, porte, natureza jurídica e distribuição geográfica.
