Broberg criticou a postura dinamarquesa ao afirmar que constantemente há advertências de consequências negativas para a Groenlândia caso busque efetivamente se desvincular do controle dinamarquês. “Quando falamos sobre independência, recebemos ameaças. Eles dizem que se seguirmos adiante, poderemos enfrentar dificuldades significativas, incluindo a perda de acesso à educação superior na Dinamarca”, revelou o ex-ministro. Ele se lembrou de um episódio emblemático de 2018, quando seu partido apresentou um plano para buscar maior independência. Na ocasião, o primeiro-ministro dinamarquês respondeu à proposta dizendo que essa ideia era irrealista e envolvia riscos desnecessários.
A Groenlândia, que foi colônia da Dinamarca até 1953, conquistou um maior grau de autonomia em 2009, permitindo autoadministração e controle sobre sua política interna. No entanto, apesar dessa autonomia, a ilha ainda se vê imersa em um debate sobre a real possibilidade de independência e sobre a natureza de sua relação com a Dinamarca. Broberg também observou que, embora existam vozes que clamam por uma Groenlândia independente, muitas vezes elas não apresentam planos concretos para tal, criando uma atmosfera de incerteza.
Além desse panorama, as tensões entre a Dinamarca e os Estados Unidos também se manifestaram no contexto da Groenlândia, especialmente após relatos de que Donald Trump estaria interessado em comprar a ilha, galvanizando ainda mais o interesse global pela região. A Groenlândia, atualmente parte do reino dinamarquês, continua a ser uma peça central em questões geopolíticas, tornando seu futuro um tema digno de atenção e análise.