Com a Cúpula do G20 já realizada, as atenções da diplomacia brasileira agora se concentram na próxima Cúpula do BRICS, programada para 2025. Este evento se insere na estratégia do país de fortalecer sua presença e influência nas relações internacionais, principalmente em um contexto onde a economia do BRICS já supera a do G7. Especialistas acreditam que a próxima cúpula pode reforçar a agenda brasileira em favor de uma reforma na governança global, algo que já foi discutido com sucesso na Cúpula do G20.
A relação entre o BRICS e o G20 é percebida como estratégica, pois os membros do BRICS, que abrangem economias emergentes significativas, estão todos representados no G20. Charles Pennaforte, especialista no assunto, destaca que a atuação conjunta do BRICS no G20 pode resultar em uma influência ampliada, especialmente em pautas de interesse mútuo.
Além disso, a expectativa de que o BRICS contribua para a recuperação econômica do Brasil é um tema recorrente entre analistas. Embora a influência política e econômica do G7 ainda prevaleça, o BRICS, por meio de sua crescente capacidade geopolítica e da presença de membros permanentes no Conselho de Segurança da ONU, como Rússia e China, pode proporcionar novos caminhos e alternativas ao Brasil.
No contexto atual, a reeleição de Dilma Rousseff à frente do NBD é vista não apenas como uma vitória pessoal, mas como uma afirmação de que o Brasil é reconhecido não só entre seus parceiros do BRICS, mas também na arena internacional. A ex-presidente tem a oportunidade de atuar de maneira mais incisiva em favor das demandas brasileiras, especialmente considerando o potencial do banco como alternativa às instituições tradicionais de financiamento.
A continuidade de Dilma na presidência do banco não apenas reforça a posição do Brasil no BRICS, mas também aponta para um fortalecimento das relações internacionais do país, que busca um papel mais ativo em um mundo multipolar, alinhando-se com as potências que desejam desafiar a hegemonia ocidental. Assim, as análises apontam que a liderança brasileira em fóruns como o BRICS e o G20 pode trazer benefícios significativos na busca por uma governança mundial mais equitativa e justificada.