O Banco do Brics, sediado em Shangai, na China, foi criado em 2014 com o objetivo de financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável. Cada membro do Brics tem a possibilidade de indicar o presidente do banco para um mandato de cinco anos. Dilma assumiu a presidência do banco no meio do período, substituindo o economista Marcos Troyjo, que havia sido indicado durante o governo de Jair Bolsonaro.
Segundo as regras de rotatividade, ao final do mandato de Dilma neste ano, caberia à Rússia indicar um novo presidente. No entanto, o presidente russo, Vladimir Putin, demonstrou apoio à reeleição de Dilma. Putin destacou que, devido ao conflito com a Ucrânia, ter um russo à frente do banco poderia prejudicar os trabalhos do NDB, já que os países do Brics se mostraram contrários à guerra.
Além disso, o Brasil está à frente da presidência do Brics este ano, com a cúpula de chefes de Estado marcada para julho, no Rio de Janeiro. A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), parabenizou Dilma pela reeleição, ressaltando a importância do papel do Banco dos Brics no desenvolvimento dos países membros.
Dilma Rousseff foi a primeira mulher a presidir o Brasil, de 2011 a 2016, quando foi afastada por um processo de impeachment. Michel Temer assumiu a presidência na época, mantendo-se no cargo até 2018. O impeachment de Dilma provocou uma mudança no cenário político do país, com Temer governando em aliança com partidos de oposição.
O reconhecimento de Dilma Rousseff como presidente do Banco do Brics para mais um mandato destaca a sua presença e influência no cenário internacional, reforçando o papel do Brasil no contexto global.