A costa de Puntland, que se estende por impressionantes 1.600 quilômetros, é de extrema importância para a biodiversidade marinha e para os meios de subsistência de milhões de pessoas que dependem dos recursos do mar. Farole enfatizou que a proteção das costas é uma responsabilidade coletiva, essencial para garantir o desenvolvimento sustentável e preservar a vida marinha para as futuras gerações.
O ministro da Pesca da região, Abdirisak Abdulahi Hagaa, relatou que as autoridades já contabilizavam pelo menos 110 golfinhos mortos nas proximidades do porto de Bosaso. Amostras de água e tecidos dos golfinhos estão sendo analisadas para tentar esclarecer o que pode ter causado essas mortes, que incluem possíveis doenças, alterações ambientais, despejo de substâncias tóxicas, ataques de predadores ou impactos da atividade humana, como poluição sonora.
No entanto, embora a investigação preliminar sugira que a morte dos golfinhos não esteja diretamente relacionada a ferimentos causados por redes de pesca, uma preocupação significativa permanece. Ambientalistas locais levantaram alarmes sobre a possibilidade de que resíduos químicos, possivelmente despejados acidental ou intencionalmente por países estrangeiros nas águas somalis, possam estar contribuindo para esse trágico evento.
As investigações continuam, e as autoridades somalis estão sob pressão para descobrir uma explicação conclusiva para essas mortes em massa, que não apenas afetam a fauna marinha mas também provocam um ecosistema pesqueiro já fragilizado. A busca por respostas se torna ainda mais urgente, dado o impacto potencial sobre a saúde dos mares e da população que deles depende.
