“A vida às vezes é injusta. Michael teve sorte muitas vezes na vida, mas então esse acidente trágico aconteceu. Felizmente, opções modernas da medicina permitiram que fizéssemos algumas coisas, mas nada é como era antes”, desabafou Ralf, que aos 48 anos ainda sente a saudade de seu irmão mais velho.
Ralf também destacou a importância de Michael em sua vida, revelando que ele foi muito mais do que apenas um irmão: “Michael não era só meu irmão. Quando éramos crianças, ele também foi meu técnico e mentor. Ele me ensinou literalmente tudo sobre corridas de kart. Pode haver uma diferença de sete anos de idade, mas ele sempre estava ao meu lado. Corremos juntos, treinamos manobras de ultrapassagem e tudo que importa no esporte a motor. Ele repassou todas as diferentes coisas que já tinha internalizado. Tive a honra de aprender com o melhor”, completou o ex-piloto, que somou seis vitórias e 27 pódios na Fórmula 1.
O acidente que mudou a vida de Michael Schumacher aconteceu durante um passeio de esqui na estação de Maribel, nos Alpes franceses. Apesar de estar usando capacete, Schumacher sofreu um traumatismo craniano grave ao colidir com uma rocha e ficou em coma por meses. Após seis meses, ele foi levado para casa, onde continua sua recuperação até os dias de hoje.
Amigos da família têm se pronunciado periodicamente sobre o estado de saúde de Schumacher, mas sem divulgar muitos detalhes, atendendo ao desejo da esposa do piloto, Corinna Betsch, de manter a privacidade da situação. Um dos poucos que ainda mantém contato próximo com a família é Jean Todt, ex-presidente da FIA e ex-chefe da Ferrari, equipe onde Schumacher fez história ao lado de Rubens Barrichello.
À medida que os anos passam, a preocupação e a curiosidade em relação ao estado de saúde de Michael Schumacher continuam presentes na mente de fãs e entusiastas do automobilismo ao redor do mundo. Surpreende, no entanto, a discreção e a privacidade mantidas pela família, que prefere não detalhar a situação do heptacampeão mundial de Fórmula 1.