Mesmo com essa redução, a SOS Mata Atlântica alerta para a importância de manter a vigilância e ações de combate ao desmatamento, pois a destruição desse bioma ainda é alarmante. A organização destaca que a área desmatada equivale a cerca de 20 mil campos de futebol, ressaltando a urgência de medidas para a preservação da Mata Atlântica.
O engenheiro agrônomo e diretor executivo da SOS Mata Atlântica, Luís Fernando Guedes Pinto, comenta que a queda no desmatamento é resultado do fortalecimento das políticas públicas ambientais brasileiras, da volta da fiscalização ambiental e do fortalecimento de órgãos como o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama. No entanto, ele ressalta que é necessário manter o foco na preservação e na aplicação das leis ambientais.
Além disso, a redução do desmatamento nas áreas de encraves da Mata Atlântica, onde o desmatamento aumentou no ano anterior, é comemorada. Guedes Pinto destaca a importância de estratégias nacionais de combate ao desmatamento e ressalta que a Mata Atlântica tem potencial para se tornar o primeiro bioma brasileiro a atingir a meta de desmatamento zero até 2030.
No entanto, a diretora de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, alerta para a negligência institucional em relação às queimadas criminosas e aos danos ambientais, citando como exemplo o rompimento da barragem em Mariana, Minas Gerais. Guedes Pinto enfatiza que as queimadas têm um grande impacto na degradação da floresta e na biodiversidade, ressaltando a importância de proteger as areas afetadas e tomar medidas preventivas para evitar a destruição a longo prazo.
Em resumo, a redução do desmatamento na Mata Atlântica é um avanço significativo, mas as ações de preservação e combate ao desmatamento precisam ser contínuas para garantir a proteção desse importante bioma brasileiro.