A Secretaria de Controle Interno da Presidência da República destacou que os deslocamentos não envolveram viagens exclusivamente eleitorais, mas sim compromissos oficiais e eventos de campanha. O valor de R$ 1,4 milhão foi pago pelo Partido dos Trabalhadores (PT) com recursos do fundo partidário da legenda e declarado à Justiça Eleitoral, sendo documentado na prestação de contas eleitorais do Diretório Nacional do partido.
Os voos realizados por Lula pela FAB incluíram participação em convenções, comícios e reuniões políticas em diversas cidades, como São Bernardo (SP), Fortaleza (CE), Natal (RN), Camaçari (BA) e São Paulo (SP). O presidente fez uso de diferentes aeronaves da FAB, como os aviões Airbus VC-1 (ACJ 319) e VC-2 (Embraer 190), além de helicópteros, para cumprir sua agenda oficial combinada com compromissos de campanha.
O custo por quilômetro percorrido nos aviões presidenciais foi de R$ 182,48, enquanto o uso dos helicópteros variou de R$ 24 mil a R$ 15 mil por hora de voo, dependendo do modelo. Os carros oficiais também foram utilizados para deslocamentos terrestres, resultando em um reembolso de R$ 46,5 mil aos cofres da União.
Uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabelece que é responsabilidade dos partidos e coligações ressarcir os custos da União quando o presidente utiliza o transporte oficial para compromissos de campanha. O caso do PT neste ano lembra a situação do PL em 2022, quando Jair Bolsonaro precisou reembolsar R$ 3,5 milhões pelos voos da FAB para atividades de campanha.