Desistência de Joe Biden cria incerteza na corrida presidencial dos EUA e destaca papel de Kamala Harris como favorita democrata.

A notícia da desistência de Joe Biden da corrida presidencial dos Estados Unidos neste domingo (21) criou um momento de incerteza no cenário político americano. O pesquisador do Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da Fundação Getulio Vargas (FGV), Leonardo Paz, destacou em entrevista ao Broadcast a repercussão do anúncio de Biden e a declaração de apoio à sua vice, Kamala Harris, como a candidata do Partido Democrata.

Para Paz, a saída de Biden gera questionamentos sobre o desempenho de Harris em uma eventual campanha presidencial, especialmente em debates contra o atual presidente Donald Trump e sua performance nos chamados “swing states”, onde a eleição americana costuma ser decidida. A incerteza sobre o papel de Harris na corrida eleitoral é um dos pontos que chamam atenção nesse momento de transição dentro do partido.

O pesquisador ressaltou que, apesar de Harris ser a favorita para assumir a candidatura democrata, ainda não há garantias de que ela será a escolhida. Além disso, Paz comparou a situação de Biden, pressionado a desistir da corrida, com a posição de força que Trump ganhou após um episódio de tentativa de assassinato. Enquanto o republicano se fortaleceu diante desse cenário, Harris ainda não conquistou tanto destaque na corrida presidencial.

Paz também destacou a influência das opiniões públicas, que já demonstravam uma tendência a favor da desistência de Biden. O pesquisador enfatizou que a pressão da cúpula do Partido Democrata e a falta de apoio do público foram fatores determinantes para a decisão do ex-candidato.

Nesse cenário de mudanças e incertezas, a disputa eleitoral nos Estados Unidos segue com novos rumos a serem definidos, agora com Kamala Harris como uma das principais figuras do Partido Democrata.

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