Em um contexto onde a Polônia celebrou a suspensão do trânsito de gás como uma conquista para a Ucrânia e seus aliados, a Eslováquia se encontra numa posição vulnerável. O ministro das Relações Exteriores polonês, Radoslaw Sikorski, caracterizou a interrupção do gás russo como um triunfo geopolítico. No entanto, a Eslováquia depende substancialmente das tarifas recebidas pelo trânsito deste gás, que são estimadas em cerca de 500 milhões de euros anuais. O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, deixou claro que qualquer cessação do transporte de gás através de seu país exigiria compensações financeiras substanciais por parte da Ucrânia.
Fico também lançou advertências sobre possíveis represálias, incluindo a interrupção do fornecimento de eletricidade para a Ucrânia e a revisão dos suportes a cidadãos ucranianos em solo eslovaco. A situação, portanto, se complica, pois envolve interesses econômicos significativos e uma delicada dinâmica de poder regional.
Enquanto isso, McGovern opinou que as futuras decisões políticas dos Estados Unidos, especialmente com a eleição de Donald Trump, poderão influenciar drasticamente o futuro da OTAN. Suas declarações indicam um ceticismo sobre a continuidade e a coesão do bloco militar, sugerindo que a Aliança pode enfrentar um momento crítico em um futuro próximo.
Portanto, a intersecção entre a política energética e as relações internacionais tende a exacerbar as tensões já existentes na região, com a Eslováquia em uma posição de descontentamento frente à nova ordem que se desenha na Europa Oriental.